História

GERAL

PET é a sigla que significa Programa de Educação Tutorial, criado pela CAPES/MEC (Coordenadoria de Apoio ao Pessoal de Ensino Superior) em 1979. O programa surgiu numa época em que o ensino Superior Brasileiro passava por uma expansão desordenada: foram criadas muitas universidades sem um padrão de qualidade satisfatório.

Os objetivos do programa são melhorar o ensino da graduação e pos graduação através do tripé universitário ensino, pesquisa e extensão, oferecer uma formação acadêmica de excelente nível e promover integração da formação acadêmica com a futura atividade profissional.

Afinal, por que tutorial?
O PET tem um modelo de ensino baseado no modelo inglês de estudo, da Universidade de Oxford, existente desde a Idade Média e que perdura ate hoje! O ensino tutorial é presente também  em Tóquio, no Japão, na universidade de Cambridge e  universidades da chamada Ivy League nos Estados Unidos (Honours Programs).

Este modelo consiste num grupo de 12 alunos, selecionados com base em testes e no currículo acadêmico, orientados por um tutor. O tutor que tem a função de estimulá-los a buscar ativamente informações e de guiá-los a uma formação global, que envolva valores éticos, científicos e humanísticos. Sob sua orientação o grupo tem condições para a realização de atividades extracurriculares, que complementam a sua formação acadêmica, procurando atender mais plenamente às necessidades do próprio curso de graduação e/ou ampliar e aprofundar os objetivos e os conteúdos programáticos que integram sua grade curricular O ensino consiste numa formação de elite que complementa a aula magna com a tutorial, na qual se realizam sessões cientificas, atividades em comunidades, pesquisas, aulas, debates, integração com outras graduações.

Os alunos devem se dedicar aos estudos e empregar várias horas semanais em trabalhos extracurriculares, o que justifica a bolsa que acompanhará durante sua permanência do PET, ao longo de toda a graduação. Contudo, a meta e justificativa principal do grupo é amplificar conhecimentos para a todos: comunidade acadêmica e comunidade em geral. O papel do PET deve ser, portanto, de estar trabalhando para reverter os investimentos nele feitos em benefício da instituição, fomentando mudanças e participando da implementação de projetos que dêem novos rumos ao ensino superior.



PET | Medicina UFBA

Fundado em setembro de 1995, o PET-Medicina, financiado pela CAPES e tendo como tutor Prof. Dr. José Tavares-Neto, contava, até 2000, com a presença de apenas três bolsistas. Eles desenvolviam desde atividades na área médica, como apresentação de artigos, seminários de saúde, elaboração de monografias, estágio de férias, até a atividades culturais, como cinema, jornais e palestras sobre diversos assuntos.

Em 1996 ingressaram mais três bolsistas e no ano seguinte, mais dois. O programa continuou com atividades dos mais diversos tipos visando à humanização do estudante de medicina, sua melhor qualificação e inserção na sociedade. Não houve seleção até o ano de 2000, quando todos antigos bolsistas foram desativados por ter concluído o quarto ano de medicina e ingessado no Internato. Houve seleção para novos bolsistas.

Nesse mesmo ano aconteceu uma coisa atípica na história do PET-Medicina: além dos três bolsistas selecionados, ingressaram também seis voluntários. A perspectiva e dinâmica do PET-Medicina foi incrementada, pois a idéia de um grupo maior remete a um maior número de atividades e na geração de mais conhecimento e mais curiosidades.

No final do ano 2000 mais três bolsas foram solicitadas, que ficaram para os seis voluntários dividirem, independente de nomes oficiais. Criou-se o CooperPET, onde qualquer recurso financeiro de iniciação científica adquirido por um dos voluntários, seria dividido com os outros cinco membros.

Atualmente, 12 bolsistas, e a tutora compõem o Programa de Educação Tutorial de Medicina - UFBA.

Para maiores informações sobre PET, ensino e ciência:
- Ciência, Universidade e Ideologia: a Política do Conhecimento Simon Schwartzman Rio de Janeiro, Zahar Editores, 1980. Capítulo 5 - A CRISE DA UNIVERSIDADE. Versão revista de "Por uma nova Agenda," Estudos e Debates (Brasília, Conselho de Reitores), n. 2, 1979.